Quem trabalha com IA no desenvolvimento de software sabe que 2025 foi um ano insano. As ferramentas surgiram em ritmo alucinante — cada semana um novo lançamento, cada mês uma startup virando unicórnio e mesmo quem acompanha tudo de perto sente dificuldade em testar e acompanhar tanta novidade.
Se você é dev e quer saber quais ferramentas de IA realmente marcaram 2025, esse guia prático vai te colocar por dentro dos nomes que dominaram o código com inteligência artificial — e das tendências que vão moldar 2026.
GitHub Copilot: o império da IA no código
O GitHub Copilot não é mais apenas um autocomplete inteligente. Ele virou um ecossistema completo.
Hoje, o Copilot oferece:
- Chat com modo agente, capaz de planejar e executar tarefas;
- Integração direta no GitHub e no VS Code;
- Versão CLI, que leva a IA para dentro do terminal, permitindo criar scripts e automações com comandos de voz ou texto;
- Validação automática de código e PRs, lançada em outubro;
- Mission Control (antigo Coding Agent), que ajuda a estruturar planos de ação para projetos;
- Agent HQ, que unifica todos esses recursos, integrando IA da OpenAI, Anthropic, Google e outras.
A assinatura do Copilot hoje dá acesso a múltiplos modelos — e isso faz dele uma das ferramentas de IA para desenvolvedores mais completas do mercado.
Gemini: a aposta do Google para rivalizar o Copilot
O Google não ficou atrás. A evolução do Bard deu origem ao Gemini, e com ele veio uma família inteira de produtos:
- Google AI Studio, que permite criar aplicações web com IA, inclusive com suporte a Vibe Coding;
- Gemini Code Assist, extensão para VS Code e outras IDEs;
- Gemini CLI, ferramenta open source que gera aplicações até a partir de PDFs e imagens.
A desvantagem? O Google ainda restringe o uso a seus próprios modelos. Mas o Gemini mostra maturidade e integração com o ecossistema do Google Cloud, o que o torna ideal para empresas que já operam nesse ambiente.
Claude Code: a força da Anthropic no código
O Claude Code, da Anthropic, tem se tornado um dos queridinhos da comunidade. Ele é o criador do MCP, protocolo que já virou padrão de comunicação entre agentes.
Disponível como CLI e extensão do VS Code, o Claude Code é rápido, seguro e muito adaptável. Ele roda facilmente em AWS, GCP e integra via SDK. Muitos desenvolvedores e empresas — inclusive dentro da Microsoft — preferem seus modelos aos da OpenAI.
OpenAI Codex: a fênix do código voltou
O lendário OpenAI Codex, que deu origem ao primeiro Copilot, renasceu em 2025. Agora ele retorna como uma ferramenta independente, disponível via IDE, CLI e chat no ChatGPT.
O Codex é capaz de analisar repositórios inteiros e gerar relatórios detalhados sobre o funcionamento do código. Ele combina a força do GPT-5 com a precisão de um engenheiro de software veterano.
Cursor 2.0: o queridinho dos devs independentes
O Cursor virou febre por oferecer uma experiência parecida com o VS Code, mas com um chat integrado mais fluido e suporte a múltiplos agentes de IA.
Na versão Cursor 2.0, é possível rodar vários agentes simultaneamente para comparar resultados de diferentes modelos — uma revolução no vibe coding.
Devin: o engenheiro de software autônomo
O Devin, da Cognition, chamou atenção ao se autodenominar o primeiro engenheiro de software autônomo do mundo. Apesar da ousadia, ele vem entregando resultados.
Um case notável: o Nubank utilizou o Devin para automatizar refatorações e migrações, reduzindo um projeto de 18 meses com mil engenheiros para poucas semanas.
Windsurf: o editor mais intuitivo do ano
O Windsurf promete a experiência de codificação mais intuitiva de todas. Ele permite entender a estrutura de um código visualmente através do recurso Code Maps, que descreve o que cada parte faz — perfeito para quem trabalha com sistemas legados.
Além disso, ele é compatível com GPT-5, Claude Sonnet e até modelos próprios, o que o torna flexível e poderoso.
Lovable: o rei do vibe coding
O Lovable continua sendo referência em vibe coding, permitindo criar aplicações completas com integração direta ao Supabase e ao banco de dados.
Muitas ferramentas recentes copiaram sua interface, o que mostra o quanto o Lovable ditou tendência em 2025.
Kilo Code e H Code: os novos players do jogo
O Kilo Code e o H Code são apostas promissoras para quem busca ferramentas de IA open source e agnósticas de modelo.
Eles permitem personalização total, suporte a JetBrains e integração direta com o VS Code. Para empresas que desejam manter seus próprios modelos internamente, essas soluções podem ser o futuro.
O que 2025 ensinou sobre IA no desenvolvimento
O ano mostrou que a IA deixou de ser uma ajuda pontual e se tornou parte essencial do fluxo de trabalho do desenvolvedor.
Ferramentas como Copilot, Gemini e Claude Code provaram que produtividade e automação podem coexistir sem perder o controle sobre o código.
Mas uma coisa continua verdadeira: IA não substitui conhecimento. As melhores ferramentas potencializam quem entende o que está fazendo.
O universo de ferramentas de IA para desenvolvedores cresce em ritmo acelerado. Se 2024 foi o ano da experimentação, 2025 consolidou o padrão dos agentes e do vibe coding.
O futuro? Um cenário em que programar com IA será tão natural quanto usar o Git ou o terminal.
Quer dominar esse novo mundo? Escolha uma dessas ferramentas, mergulhe fundo e explore. A IA não vai parar — e o seu código também não deveria.